passear por varsóvia

hobbes, florença 2010



avariou há uns dias (o portátil, sim). a verdade é que não posso ver filmes ou ouvir música. não posso trabalhar com a celeridade que gostaria. sinto-me como se me faltassem as ferramentas para fazer seja o que for, como se tudo dependesse daquela máquina pequenina que de há uns anos para cá fez sempre parte do meu dia a dia.


ainda assim, a verdade é que tenho lido mais e voltei a trabalhar escrevendo à mão. posso dizer que de certa forma me sinto mais livre. (talvez porque facilmente posso recorrer a outro, mas não é a mesma coisa). penso nisto e lembro-me da referência da celine (interpretada pela julie delpy), no before the sunset, a uma viagem que fez (adolescente) a varsóvia, quando ainda era um regime comunista. aquela descrição da liberdade e da calma pela ausência de coisas (anúncios, nada para comprar,...) sempre me seduziu. não sou comunista, não tem a ver com isso. é aquela ideia de varsóvia, cidade de que tanto gostei. o cinzento tão cinzento e as ruas e o rio, a língua. ou a ideia de um sítio no mundo em que nos podemos ouvir de uma forma única, a reflexão. sei lá.


disseram-me que o arranjo demorava até 30 dias. vou tentar passear por varsóvia, ainda que no meu pensamento.


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