Quando ouço algum presumível imputável pedir um novo 25 de Abril apetece-me dizer-lhe para deixar o velho em paz e meter o novo no cu





Mas depois ouço uma canção de verão e passa-me o mal-estar:




Se calhar se as pessoas ouvirem uma canção de verão de vez em quando já não pedem um novo 25 de Abril.









yeah man!



feliz aniversário, senhor bob.


Querias, batatas com enguias, eu cagava e tu comias


Ora aqui está um bom motivo para votar BE ou CDU. Não que eu recomende a retórica anti-burguesia e anti-capital, mas o PS parece pouco interessado em falar de certas coisas. A culpa da crise é da especulação. Essa culpa só tem servido para se defenderem (e bem), não tem servido para mais nada (e há muito quem precise de ser defendido).

Por outro lado, gostava muito de ver Jerónimo e Louçã dizer em que cavalo é que acham que os 20 das 1000 vão apostar. Acho que esta é uma questão importante, porque a resposta honesta que imagino seria a deixa ideal para a million rublos pergunta "e não valerá a pena virar um pouco a cabeça para a direita (ou tirá-la do cu, depende da perspectiva) e dizer
nós queremos aquilo mas aceitamos isto se vocês desistirem daquilo e lutarem connosco por aqueloutro?".

E agora uma foto que é um elogio ao bloco central (uma foto não é um argumento):


Democraticamente confesso que anti-democraticamente me imagino mais bem acompanhado votando no bloco central de interesses. E também não contribuo para reeleger a madame Apolónia (se ela for do círculo em que voto, o que é improvável, mas nunca fiando). Mas isso não interessa para nada. Já me sinto comunitariamente muito bem acompanhado quando festejo um golo do Tacuara. Aquilo dos 20 das 1000 é mesmo um bom motivo para votar
nuns tipos que, sendo na sua maioria muito conservadores ou muito alucinados, não falam de coisas a evitar como se fossem inevitáveis. Espero em breve voltar a pôr a cruz no bloco central esquerdo com alegria, convicção e injustificada confiança.

A seguir aos debates, os debutantes deviam chamar os tipos das suas listas de deputados e, antes de irem competir para ver quem fabrica o melhor mix de bens transaccionáveis, deviam jogar a isto


para ver quem ganhou o debate.



not listening ing not listening ing not listening auuuuuuuu auuuuuuuuuuuu


e quando o mundo parece ligeiramente mais cinzento

adopt rinah from VsTheBrain on Vimeo.


sentimo-nos contentes pura e simplesmente por saber que algumas pessoas fazem a diferença.

 *

o voto a 5 de junho




(fotografias paris 2010)



felizmente há luar


passei os últimos tempos a estruturar e a organizar propostas de formação em direito humanitário e direitos humanos para ongs portuguesas. disse que compreendia o momento difícil que o país atravessa e disponibilizei-me a fazer todo o meu trabalho pro bono. mostrei-me receptiva a todas as sugestões e mais algumas sobre diversas formas de colaboração. reforcei a minha vontade em contribuir para o meu país com a formação adquirida noutro pais.

não obtive muitas respostas e todas ( so far) que vieram parar ao correio electrónico eram standard e sem muita curiosidade pelo que poderia levar uma pessoa a querer participar tão activamente. hoje disseram-me para não tirar conclusões precipitadas, para não alargar ao país um conjunto de críticas. é triste que a  vontade de partilha de saberes (mais teóricos com mais práticos) não mereça, pelo menos, um email interessante e inteligente (ainda que a resposta seja não, o que seria mais do que legítimo). sinto falta de desafios, de pessoas inteligentes, com argumentos interessantes e susceptíveis de discussão.

felizmente a necessidade aguça o engenho, portanto o que fará a criatividade? um projecto na manga com uma pessoa que tem aquilo de que sinto falta e que ainda por cima dá uma cor tão doce à amizade.

desilude-me, é um facto. e não alargando umas quantas críticas ao país pensei nisto especialmente hoje com o sócrates e o passos no debate. havia um quantum de tristeza e muito pouco interesse. um tipo a dar baile ao outro com um moderador impotente.

ah, mas no fundo tinha era saudades de passar cá por casa.


As minhas sopas não têm envelhecido bem



Suponho que estamos perante um mix genial.

Venha daí um mix



A parte de mim que se alegra por ver o Coentrão tão desesperado com esse triste acontecimento nao intersecta a parte de mim que gostaria de ver o Catroga com as finanças, o Portas com a agricultura, o Nobre com um microfone à frente e o Relvas com qualquer coisa. A parte de mim que gostaria de ver o Louçã e o Jerónimo nacionalizar a burguesia só existe no plano teórico, que é um plano em que eu não insisto, não resisto, nem existo. A parte de mim que gostaria de ver o Sócrates "combater" alguma coisa abdicou a favor da parte de mim que não sabe em quem votar - "reestruturar a dívida significa miséria, desemprego e falências", "nós não vamos precisar de reestruturar a dívida, não somos a Grécia", "nós não vamos precisar de reestruturar a dívida, não somos a Grécia nem a Irlanda". A ver vamos. Não percebo nada e cada vez tenho menos esperança que me expliquem. Não me importo que me contem estórias diferentes, mas chateia-me que nenhum "candidato" conte a sua até ao fim.