felizmente há luar


passei os últimos tempos a estruturar e a organizar propostas de formação em direito humanitário e direitos humanos para ongs portuguesas. disse que compreendia o momento difícil que o país atravessa e disponibilizei-me a fazer todo o meu trabalho pro bono. mostrei-me receptiva a todas as sugestões e mais algumas sobre diversas formas de colaboração. reforcei a minha vontade em contribuir para o meu país com a formação adquirida noutro pais.

não obtive muitas respostas e todas ( so far) que vieram parar ao correio electrónico eram standard e sem muita curiosidade pelo que poderia levar uma pessoa a querer participar tão activamente. hoje disseram-me para não tirar conclusões precipitadas, para não alargar ao país um conjunto de críticas. é triste que a  vontade de partilha de saberes (mais teóricos com mais práticos) não mereça, pelo menos, um email interessante e inteligente (ainda que a resposta seja não, o que seria mais do que legítimo). sinto falta de desafios, de pessoas inteligentes, com argumentos interessantes e susceptíveis de discussão.

felizmente a necessidade aguça o engenho, portanto o que fará a criatividade? um projecto na manga com uma pessoa que tem aquilo de que sinto falta e que ainda por cima dá uma cor tão doce à amizade.

desilude-me, é um facto. e não alargando umas quantas críticas ao país pensei nisto especialmente hoje com o sócrates e o passos no debate. havia um quantum de tristeza e muito pouco interesse. um tipo a dar baile ao outro com um moderador impotente.

ah, mas no fundo tinha era saudades de passar cá por casa.


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